Indenizações por morte no trânsito sobem 42% no Brasil
Foram 4.595 indenizações pagas para herdeiros de pessoas que morreram em ocorrências de trânsito em apenas um mês.
Apenas no mês de agosto, foram pagas 37.934 indenizações para casos de morte, invalidez permanente e despesas médico-hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito no Brasil. O número é 8% superior do que o registrado no mesmo mês de 2016. Os dados são do Boletim Estatístico da Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil. A pesquisa ainda mostra um aumento de 42% de indenizações por morte ante ao mesmo período de 2016. Foram 4.595 indenizações pagas para herdeiros de vítimas fatais em apenas um mês.
Para o diretor-presidente da Seguradora Líder, Ismar Tôrres, os números mostram que é preciso haver uma consciência maior por parte dos motoristas para que os números possam diminuir. “As imprudências no trânsito, de forma geral, contribuem para o número expressivo de acidentes com vítimas no país. E as análises contínuas de nossos indicadores podem contribuir para o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes mais efetivas em todo o país”.
Os motociclistas ainda são as principais vítimas de acidentes. Avaliando somente o mês de agosto, dos 16.977 motoristas que receberam indenização por invalidez permanente, 15.270 eram motociclistas. Em números percentuais, eles representaram quase 90% dos condutores indenizados neste tipo de cobertura durante o mês de agosto. “No caso dos motociclistas, a falta do uso do capacete, o desrespeito às leis de trânsito (muitos guiam o veículo de duas rodas sem habilitação) e o mau estado de conservação de muitas motocicletas podem potencializar os acidentes graves”, analisa Tôrres.
As estatísticas do boletim são baseadas nas quantidades de pagamentos das indenizações do Seguro DPVAT e referem-se às ocorrências de acidentes no período e em anos anteriores, observado o prazo prescricional de três anos da data do acidente, período em que a vítima ou herdeiro pode solicitar a indenização.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o quarto colocado em número de mortes nas Américas, atrás apenas de República Dominicana, Belize e Venezuela.
O Brasil registra cerca de 47 mil mortes no trânsito por ano — 400 mil pessoas ficam com algum tipo de sequela. O custo dessa epidemia ao país é de R$ 56 bilhões, segundo levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária. Com esse dinheiro, seria possível construir 28 mil escolas ou 1.800 hospitais.
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