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Ministério estuda criação de Agência Nacional de Segurança Viária

Ministério estuda criação de Agência Nacional de Segurança Viária

A Prefeitura de São Paulo colocou em teste aquela que pode ser uma eficiente e barata alternativa para estender a área das calçadas. A CET está pintando, ainda em caráter experimental, o asfalto com tinta azul, aumentando assim a área de passagem dos pedestres. Foto feita no Largo do Paissandú, no centro da cidade de São Paulo. São Paulo, Brasil, agosto, 26, 2011. DANIEL GUIMARÃES/A2FOTOGRAFIA

O país pode ter uma agência nacional para tratar da segurança viária. A instituição do órgão, que deve nortear e indicar parâmetros e referências para gestão do trânsito, será analisada pelo Ministério das Cidades.

A proposta foi feita pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e foi entregue por membros da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, da Câmara dos Deputados, ao ministro Bruno Araújo.

Segundo o Obseratório, a Agência é uma necessidade para coordenar e integrar os demais órgãos de trânsito para adoção de medidas que contribuirão com a redução de acidentes de trânsito no país. O tema é uma preocupação mundial e, inclusive, amplamente trabalhado pelos países signatários de tratado com a ONU que prevê a redução da violência no trânsito na década 2010-2020.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), calcula que o trânsito mata 1,25 milhão de pessoas por ano. No Brasil, em 2014 (últimos dados oficiais disponíveis), mais de 43 mil pessoas morreram por conta de acidentes nas vias e rodovias do país.

O Brasil é um dos países recordistas em mortes no trânsito. A taxa de mortes é de 23,4 vítimas fatais para cada 100 mil habitantes. Trata-se do quarto país no ranking da violência no trânsito no continente americano, atrás somente de Belize, República Dominicana e Venezuela, a última, com o maior índice, de 45,1 mil óbitos, na mesma base de comparação. As informações são da Agência Folhapress.

O número de mortos nas estradas, ainda de acordo com a OMS, chegarão a 1 milhão por ano em 14 anos. Essa projeção de acidentes terá reflexos mais violentos em países em desenvolvimento, o que inclui o Brasil. “Mais de 90% de mortes no trânsito ocorrem nesses países que detêm 82% da população mundial, mas apenas 54% de veículos registrados”, destaca a Organização.

A Organização culpa a regulamentação fraca, precariedade das vias, fragilidade dos veículos e aumento da frota. Os acidentes com veículos figuram a nona causa de morte no mundo entre pessoas de 15 a 69 anos.

A violência no trânsito é uma das ameaças para o aumento da esperança de vida em muitos países, apesar de o indicador ter aumentado em cinco anos, a maior aceleração desde os anos 1960.

Na África, o tratamento contra a malária e o vírus HIV é responsável pelo aumento da longevidade. A expectativa de vida dos africanos chega aos 60 anos. No continente americano, o indicador manteve-se estável. Já entre os brasileiros, a esperança de vida é de 72 anos para homens e de 79 anos para mulheres.

Em todo o mundo, os suíços podem viver até 81,3 anos e, para as mulheres, a maior expectativa é no Japão, com 86,8 anos. O menor indicador é em Serra Leoa, com 50,8 anos para homens e 49,3 para mulheres.

Em termos globais, para os homens o país com a esperança de vida mais elevada é a Suíça (81,3 anos) e, para as mulheres, o Japão (86,8 anos). Na base da pirâmide, aparece Serra Leoa com 50,8 anos para os homens e 49,3 anos para as mulheres.

Fonte: Radar Nacional

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