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Montadoras ganham confiança após renovação de acordo com Argentina

Montadoras ganham confiança após renovação de acordo com Argentina

montadoras-ganham-confianca-apos-renovacao-de-acordo-com-argentinaA conclusão das negociações entre Brasil e Argentina sobre a renovação do acordo automotivo por mais quatro anos criaram um clima de expectativas nas montadoras. A criação da agenda de trabalho que terá como foco a integração produtiva e comercial equilibrada para possibilitar o livre comércio é avaliada como altamente positiva pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“Um acordo com horizonte de médio e longo prazo é fundamental para dar mais previsibilidade ao planejamento e segurança na definição de investimentos. Por esta razão avalio de forma muito positiva a conclusão das negociações pelos governos, que demonstraram equilíbrio e maturidade ao enxergar a relação de complementariedade produtiva entre os países e prever agenda de trabalho visando ao livre comércio”, analisa Antonio Megale, presidente da Associação.

Anteriormente, o acordo vinha sendo prorrogado anualmente, o que trazia certa insegurança. No mês passado, a indústria automotiva argentina exportou 18,1 mil veículos – a maior parte para o Brasil -, um recuo de 12,1% na comparação com abril. Já o Brasil vendeu 46,8 mil unidades para o mercado externo, alta de 15%.

Agora, a relação entre valor das importações e exportações – conhecidas como flex – não poderão superar 1,5 no período de cinco anos, do período de julho de 2015 até o final de junho de 2019. Para cada um dólar e meio exportado do Brasil para a Argentina, um dólar deve ser importado. Acima disso, os veículos brasileiros pagam tarifas de 35% para entrar no mercado argentino. Os veículos precisarão ter pelo menos 60% das peças e dos componentes fabricados no Mercosul.

Já nos últimos 12 meses do acordo, que acaba em 2020, o valor subirá para 1,7, com prévio acordo entre os países e desde que alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, acordo bilateral trará benefícios ao conferir maior previsibilidade ao setor. “Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos, que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional”, disse o ministro Marcos Pereira.

Em 2014, os países assinaram um acordo automotivo, com validade até junho do ano passado, quando foi prorrogado enquanto as negociações para o novo acordo avançavam. O Brasil queria ampliar a margem do sistema flex e a Argentina queria estender as autopeças do país no regime Inovar Auto, que prevê isenção do IPI de fabricantes brasileiros que cumprem metas de investimento em pesquisa e de desenvolvimento de novas tecnologias.

Fonte: Radar Nacional

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